terça-feira, 22 de março de 2011

Hortas Urbanas.

O fenómeno não é propriamente novo mas continua a ganhar adeptos em todo o mundo. Ao que se sabe, teve origem nos Países do norte da Europa em meados do Séc. XIX mas actualmente o fenómeno já é absolutamente global.
Em Portugal, as hortas urbanas são cada vez mais procuradas e a disputa pelos espaços disponíveis já provoca listas de espera.

São inúmeros os exemplos desta nova forma de agricultura. De Norte a Sul do Pais, é possível encontrar espaços onde podemos cultivar os nossos próprios alimentos. O apoio das Câmaras Municipais foi determinante para o crescimento desta realidade. Lisboa, Porto, Ponte de Lima ou Funchal são alguns dos municípios que merecem destaque. Na prática, os arrendatários passam a dispor de um espaço para o cultivo dos seus próprios alimentos desde que os mesmos se destinem a consumo próprio. Os benefícios estão à vista de todos. Os novos agricultores, não só reduzem a factura do orçamento mensal como também passam a ter um passatempo para os tempos livres.
Os mais novos podem sempre acompanhar os mais crescidos para ficarem a saber como se cultiva a terra.

No Grande Porto, vale a pena destacar o projecto “Horta à Porta” da responsabilidade da Lipor.

Através de um simples telefonema para o numero 800 200 254 ficamos a saber onde e quando podemos começar a cultivar. As regras também são simples. Uma vez admitidos ao projecto, os candidatos têm acesso a 15 horas de
formação e ficam aptos a iniciar as boas práticas da agricultura biológica.
Sim porque aqui, os adubos e produtos químicos não são admitidos.
Tudo em nome do meio ambiente é claro!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Modelo Cientifico.


Coisas consideradas inatingíveis pela mente humana são questionadas desde a antiga filosofia grega e permanecem sendo até hoje. O debate iniciado desde o princípio da história do conhecimento, quando o fazer ciência era simultâneo ao fazer filosófico, se estabeleceu como uma questão básica, tanto na filosofia como na ciência:

É possível o acesso ao real?

Ora, mesmo quando o método de investigação silogístico grego foi substituído pelo método científico experimental característico da idade moderna, jamais a ciência chegou à “verdade”, concebida como o conhecimento definitivo e irrefutável. Justamente ao contrário, no final do século XIX, quando vários cientistas propunham o “fim da história” para o conhecimento humano, em que o universo se encontrava totalmente explicado pela mecânica newtoniana, o avanço científico tomou rumos inesperados.

Naquela época, uma parte da comunidade científica propugnava, sob um ponto de vista determinista, que a ciência apreendia o real e que soba a condição de ter os dados empíricos das condições iniciais de determinado fenômeno, a sua previsibilidade era absoluta, ou seja, pensava-se que a ciência trabalhava com a própria realidade.

O avanço científico ocorrido no início do século XX desmontou definitivamente o sonho determinístico do acesso ao real e a ciência teve que admitir que na suas constantes investidas de compreensão da natureza, somente consegue construir Modelos aproximativos que servem de ponte entre o real e a limitada capacidade humana de apreendê-lo

Exemplos de Modelos Científicos:
- Modelo do átomo: o clássico desenho do átomo que se vê nos livros escolares é um modelo científico. Ele, mesmo sendo a representação do átomo real, não é a verdade do átomo, porque inclusive este modelo já foi revisto várias vezes e continuará sendo;

- Modelo da molécula de DNA: é uma representação do real que levou anos para ter o aspecto que conhecemos hoje, mas não há nenhuma certeza de que não possa ser mudado;

- Modelos matemáticos climáticos: diferentemente dos modelos deterministas da física Newtoniana, em que bastava se conhecer as condições iniciais de um sistema para se prever posições futuras, o clima se comporta de maneira não linear, caótica. Assim, pequenas alterações nas condições iniciais podem provocar resultados imprevisíveis. Por isso foram concebidos modelos climáticos probabilísticos, que operam com faixas de janelas de possibilidades. Assim, as previsões obtidas por estes modelos são apresentadas através de resultados estatísticos, dentro de margens de erro/acerto;

- Modelo computacional: todos os computadores do mundo seguem o a lógica de funcionamento de um modelo de computador conceitual criado antes que fosse inventado o primeiro computador eletrônico. Ele descreve e sistematiza os passos avantes e retrógrados que uma cabeça leitora perfaz para ler uma fita onde estão armazenados dados binários ZEROS E UNS. Até hoje, nenhum computador do mundo conseguiu romper o paradigma imposto pelo modelo computacional imaginado pelo matemático inglês Alan Turing. A ciência antevê que este modelo possa ser superado pelos novos paradigmas da computação quântica.

- Modelo semiótico do aprendizado: assim como no modelo computacional conceitual em que a informação é reduzida a ZEROS E UNS, o modelo da aprendizagem humana reduz o conhecimento a noemas, ou seja núcleos básicos constituintes dos conceitos. O conceito “cavalo” não é armazenado apenas como imagem, ele é informação léxica e também é figura que pode ser evocada por inúmeras imagens que lembram cavalos, mas também pode ser evocado por sons, cheiros, tato, conceitos associados, etc. Apesar de o modelo semiótico descrever a formação do conceito, ele não dá conta do fenômeno total, da coisa em si, tanto que até hoje as pesquisas na área de Inteligência Artificial continuam engatinhando sob o engessamento do Modelo de computador conceitual binário proposto por Turing.

A derrota do determinismo, iluminismo e mecanicismo sob a inexorável transitoriedade do conhecimento humano.
Todo o conhecimento humano é formado de modelos de aproximação que sintetizam a observação humana sobre os fenômenos da natureza, porém sempre distante do real, das coisas em si mesmas, que continuam escapando da apreensão total. A concepção da ininteligibilidade do real pela mente humana derruba as certezas adquiridas nos primórdios da história do conhecimento moderno, construídas através do determinismo, iluminismo e do mecanicismo defendido por toda uma geração de Filósofos e cientistas iluministas, tais como René Descartes e Francis Bacon, que desembocou no dogmatismo preconizado pelo positivismo científico no século XIX.

Conclusão:
Só existem modelos científicos porque o conhecimento científico e filosófico se constitui de aproximações do real e não na apreensão do próprio real. No momento em que a mente humana pudesse apreender a realidade, não precisaria mais criar modelos conceituais precários para compreender o mundo.

Método Cientifico.


O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Na maioria das disciplinas científicas consiste em juntar evidências observáveis, empíricas (ou seja, baseadas apenas na experiência) e mensuráveis e as analisar com o uso da lógica. Para muitos autores o método científico nada mais é do que a lógica aplicada à ciência.

Metodologia científica literalmente refere-se ao estudo dos métodos e, especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. Embora procedimentos variem de uma área da ciência para outra (as disciplinas científicas), diferenciadas por seus distintos objetos de estudo, consegue-se determinar certos elementos que diferenciam o método científico de outros métodos (filosófico, algoritmo – matemático, etc.).

A metodologia científica tem sua origem no pensamento de Descartes, que foi posteriormente desenvolvimento empiricamente pelo físico inglês Isaac Newton. Descartes propôs chegar à verdade através da dúvida sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes, características que definiram a base da pesquisa científica.

O Círculo de Viena acrescentou a esses princípios a necessidade de verificação e o método indutivo.

Karl Popper demonstrou que nem a verificação nem a indução serviam ao método científico, pois o cientista deve trabalhar com o falseamento, ou seja, deve fazer uma hipótese e testar suas hipóteses procurando não provas de que ela está certa, mas provas de que ela está errada. Se a hipótese não resistir ao teste, diz-se que ela foi falseada. Caso não, diz-se que foi corroborada. Popper provou também que a ciência é um conhecimento provisório, que funciona através de sucessivos falseamentos.

Thomas Kuhn percebeu que os paradigmas são elementos essenciais do método científico, sendo os momentos de mudança de paradigmas chamados de revoluções científicas.

Mais recentemente a metodologia científica tem sido abalada pela crítica ao pensamento cartesiano elaborada pelo filósofo francês Edgar Morin. Morin propõe, no lugar da divisão do objeto de pesquisa em partes, uma visão sistêmica, do todo. Esse novo paradigma é chamado de Teoria da complexidade (complexidade entendida como abraçar o todo).

segunda-feira, 14 de março de 2011

PROGRAM-ID. "PROG7501".

IDENTIFICATION DIVISION.
PROGRAM-ID. "PROG7501".
AUTHOR. JOAOC.
DATE-WRITTEN. 07/03/2011.
ENVIRONMENT DIVISION.
CONFIGURATION SECTION.
SPECIAL-NAMES. DECIMAL-POINT IS COMMA.
DATA DIVISION.
WORKING-STORAGE SECTION.
77 NOMEEMP PIC X(10).
77 RESPMARK PIC X(10).
77 NASCMARK PIC 9(10) VALUE 0.
77 PREFCLUB PIC 9(01) VALUE 0.
77 VOTOS PIC 9(04) VALUE 0.
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77 VOTOSPORT PIC 9(04) VALUE 0.
77 VOTOSPORT2 PIC 9(04) VALUE 0.
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77 VOTOPORTO PIC 9(04) VALUE 0.
77 VOTOPORTO2 PIC 9(04) VALUE 0.
77 VOTOPORTO3 PIC 9(04) VALUE 0.
77 SEMAFORO PIC 9(04) VALUE 0.
77 TECLA PIC X(01).
PROCEDURE DIVISION.
INICIO.
COMPUTE SEMAFORO = 0.
PERFORM CICLO UNTIL SEMAFORO = 1.
STOP RUN.
CICLO.
COMPUTE VOTOS = 0.
PERFORM INQUERITO UNTIL VOTOS = 6.

IF VOTOBENF > VOTOSPORT AND VOTOBENF > VOTOPORTO
THEN
COMPUTE SEMAFORO = 1
ELSE
DISPLAY "VAMOS REPETIR O INQUERITO" LINE 28 POSITION 45.
DISPLAY "Prima uma Tecla !" LINE 29 POSITION 30.
ACCEPT TECLA
COMPUTE VOTOBENF = 0
COMPUTE VOTOSPORT = 0
COMPUTE VOTOPORTO = 0
COMPUTE VOTOS = 0.

INQUERITO.
DISPLAY " " LINE 1 POSITION 1 ERASE EOS.
DISPLAY " QUAL O NOME DA EMPRESA ? " LINE 4 POSITION 26.
ACCEPT NOMEEMP LINE 6 POSITION 26.
DISPLAY " QUAL O RESPONSAVEL DE MARKETING ? "
LINE 8 POSITION 26.
ACCEPT RESPMARK LINE 10 POSITION 26.
DISPLAY " QUAL A DATA DE NASCIMENTO DO RESPONSAVEL ?"
LINE 12 POSITION 26.
DISPLAY "DD-MM-AA" LINE 14 POSITION 26.
ACCEPT NASCMARK LINE 16 POSITION 26.
DISPLAY " QUAL A PREFERENCIA CLUBISTA ?"
LINE 18 POSITION 26.
DISPLAY " 1 - BENFICA 2 - SPORTING 3 - PORTO "
LINE 20 POSITION 26.
ACCEPT PREFCLUB LINE 22 POSITION 26.

IF PREFCLUB = 1
THEN
COMPUTE VOTOBENF = VOTOBENF + 1.
IF PREFCLUB = 2
THEN
COMPUTE VOTOSPORT = VOTOSPORT + 1.
IF PREFCLUB = 3
THEN
COMPUTE VOTOPORTO = VOTOPORTO + 1.


COMPUTE VOTOS = VOTOS + 1.

DISPLAY " " LINE 1 POSITION 1 ERASE EOS.
DISPLAY "Perc-BENFICA = " LINE 20 POSITION 25.
MULTIPLY VOTOBENF BY 100 GIVING VOTOBENF2.
DIVIDE VOTOBENF2 BY VOTOS GIVING VOTOBENF3.
DISPLAY VOTOBENF3 LINE 20 POSITION 40.
DISPLAY "Porcento-Vitorias" LINE 20 POSITION 47.

DISPLAY "Perc-SPORTING = " LINE 22 POSITION 25.
MULTIPLY VOTOSPORT BY 100 GIVING VOTOSPORT2.
DIVIDE VOTOSPORT2 BY VOTOS GIVING VOTOSPORT3.
DISPLAY VOTOSPORT3 LINE 22 POSITION 40.
DISPLAY "Porcento-Vitorias" LINE 22 POSITION 47.

DISPLAY "Perc-PORTO = " LINE 24 POSITION 25.
MULTIPLY VOTOPORTO BY 100 GIVING VOTOPORTO2.
DIVIDE VOTOPORTO2 BY VOTOS GIVING VOTOPORTO3.
DISPLAY VOTOPORTO3 LINE 24 POSITION 40.
DISPLAY "Porcento-Vitorias" LINE 24 POSITION 47.

domingo, 6 de março de 2011

12 de Março de 2011 - Um milhão de pessoas na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política

Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulice, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros?s e não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc...;

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privadas), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

26. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.


Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste e-mail. 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Java

Quer ser programador Java ?

Hoje não vamos postar noticias (Aleluia!!!!), vamos falar de uma coisa que sempre nos perguntam, e como somos formados em informática, mais precisamente ciências da computação, os nossos amigos ou conhecidos que querem se aventurar neste mundo, sempre perguntam: Qual é a melhor linguagem para aprender a programar? Com qual linguagem eu devo começar?

Na faculdade, alguns anos atrás todos começavamos aprendendo C/C++, antigamente iniciavam com o Pascal, atualmente ensinam Java e algumas linguagens .NET, mas qual é a melhor? Infelizmente esta pergunta não possui uma resposta. Não é possível falar que uma linguagem é melhor que a outra, ou que ela é a pior. No entanto, é possível mostrar as características, grau de dificuldade e como se aventurar no mundo do desenvolvimento de softwares.

A primeira linguagem que falaremos, como o título sugere, será o Java.

Começaremos pelo Java, pois é uma das linguagens mais utilizadas atualmente, possui muito material disponível na internet e os profissionais tem ótimos salários (o que conta muito hoje em dia).

Mas antes de aprender Java ou qualquer outra linguagem, lembre-se é fundamental ter uma boa lógica de programação, conhecemos casos de várias pessoas que tentaram aprender a programar e não conseguiram porque não tinham um raciocínio lógico. Uma vez, um colega nos disse que “lógica de programação não se aprende, você já nasce sabendo”… Discordamos totalmente, pois sempre é possível aprender tudo, desde que se tenha um pouco de dedicação. Em outras palavras, você não vai desenvolver um sistema com apenas um dia de estudo. Portanto, não espere um milagre… Estude!

Finalmente, vamos falar, resumidamente da linguagem:

O que é Java?

Java é uma tecnologia, que abrange uma linguagem de programação e um programa de execução chamado de virtual machine (máquina virtual). Quando se programa em Java, usa-se a linguagem Java em um ambiente de desenvolvimento Java para gerar um software que será executado em um ambiente de distribuição Java. Isso mesmo, tudo Java. Ah, e vale lembrar que Java é multi-plataforma, funciona em diversos sistemas operacionais.

Mas por que Java?

Antes que alguém nos crucifique, não é para seguir a risca o que dizemos aqui, você pode começar por qualquer outra linguagem.

Particularmente achamos que Java é uma das melhores linguagens para se começar (atualmente, pois o pascal esteve neste posto durante muitos anos), desde que você tenha raciocínio lógico, ou conheça um pouco de C++ (falaremos dele nos próximos tópicos). O Java é bastante intuitivo, e como já falamos, possui diversos materiais disponíveis, e não exige muito conhecimento para começar a desenvolver pequenos sistemas.

Se você possuir ao menos um conhecimento básico de inglês, terá ainda mais facilidade, uma vez que a maioria dos comandos vem do inglês.

E tem mais, quase todos os softwares necessários para utilizar Java, são gratuitos.

Por onde começar?

Para começar a aprender, é necessário definir principal: você estudará sozinho ou fará um curso? Se você for autodidata, o melhor é estudar sozinho com base nos tutoriais da internet, mas se você for uma pessoal normal, sugiro fazer um curso, por que poderá tirar suas duvidas e os professores o ajudarão em suas dificuldades. Aqui mesmo no TreinaWeb temos um curso básico para iniciantes, e mais dois cursos em desenvolvimento que vão até o avançado.


Além disso, existem vários sites / comunidades Java, onde é possível tirar dúvidas e baixar exemplos e dicas. Alguns deles são:

* www.portaljava.com.br
* www.javamagazine.com.br
* www.javafree.org
* www.guj.com.br

Mas lembre-se se você aprender sozinho vai demorar um pouco para se tornar um especialista, então não se desespere, de tempo ao tempo.

Por hoje é só, não se esqueça de comentar e até a próxima!

Como ser um bom programador Java?


Você já se fez essa pergunta? Mas será que tem “receita de bolo”?

Hoje resolvi traduzir o texto do Dr. Heinz M. Kabutz. How can I become a good Java Programmer? Como eu posso me tornar um bom programador Java?

Bom pessoal, não possuo inglês fluente, então já diante mão peço desculpas por alguma falha na tradução hehe… procurei não traduzir ao pé da letra o artigo

Esse artigo é para quem está iniciando, para os experientes, enfim para todo programador.

Como ser um bom programador Java?

Está é uma questão interessante, observe a situação que abaixo, demonstrada no artigo do Dr. Heinz.

Situação: um torcedor tem oportunidade de entrevistar o David Beckham

Torcedor: – bom dia, Sr. Beckham, o meu filho gostaria de seguir a carreira como jogador de futebol. Qual o seu conselho?

Beckham: – ele está jogando em alguma liga?

Torcedor: – Oh! Não, ele não está jogando futebol, mas ele freqüentemente, assisti na TV.

Beckham: Qual esporte ele prática então?

Torcedor: Ele prática golfe no computador e nos jogamos xadrez e tênis também.

Beckham: A propósito quantos anos seu filho tem?

Torcedor: 35 anos

Beckham: – Olha seu filho não pratica futebol, ele não pratica na verdade nenhum esporte e tem 35 anos, mas ele quer ser um jogador de futebol profissional. Qual é real razão?

Torcedor: Eu ouvir dizer que jogador de futebol pode ganhar muito dinheiro.

……

Converta o diálogo no nosso mundo de T.I e reflita…

Por onde começar?

Para Heinz iniciar a vida como programador é necessário gostar de matemática e física. Heinz diz que muitos programadores querem ser recompensado pelas coisas que fazem, ele relata que quando iniciou a carreira como programador o seu salário era muito baixo e na época não fazia um curso de ciência da computação, já que não poderia pagar. Porém ele sempre amou a programar e por esse fato não deixou de programar, porém ter um bacharelado em ciência da computação, sistemas de informação e áreas afins ajuda muito e não se esquecer de adicionar a matemática.

Para Heinz ser um excelente programador Java não é difícil, basta apenas seguir os pontos abaixo:

- Você precisa: respirar, comer, dormir Java

Vamos supor que você inicia o trabalho das 08h30min e finaliza às 17h. Então o que você faz após esse horário é o que determina o seu futuro de programador. O que você faz das 06h às 08h? E após o trabalho? Você pode programar em Java.

Se você tiver responsabilidade, teremos uma hora e meia de manha e seis horas à noite sendo assim temos sete horas e meia por dia

Se você quer ser um bom programador Java, é preciso ter dedicação e evoluir seu conhecimento, comprar alguns presentes para si mesmo como um livro de O.O, Design Patterns etc.

Se você programa em Java apenas pelo emprego ou pelo salário você nunca será um BOM programador. Um EXCELENTE programador Java tem esses pontos abaixo:

- Programa por prazer e não por dinheiro. Nas horas vagas do dia aprende programar mais em Java

- Nunca para de estudar. Pois você pode ficar obsoleto em pouco tempo

- Não para de ler livros.

Há várias maneiras de ser um excelente programador Java um deles poder se através do emprego ou do seu modo de pensar.

Flw! Pessoal espero que tenham gostado do artigo.

Agora o ponto interessante no artigo que achei foi o exemplo do jogador de futebol, não dar para ser profissional sem praticar ai já é pedir demais heheh! Esse exemplo cai em várias situações da nossa área de T.I uma delas são aquelas pessoas que vai para universidade de ciência da computação, análise de sistemas etc. E acham que assim que pegar o “canudo” vai sair de lá com 1/3 da fortuna do Bill. Será que apenas fazer uma boa ou até melhor faculdade do país garante isso?

Aquele que se encontra nessa situação favor de colocar “os pés no chão” e encarar o mercado como ele é, e não como queríamos que ele fosse.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Plantar uma Árvore.

Iniciámos esta aventura em Novembro de 2009, em Monsanto, onde numa manhã plantámos perto de 1000 sobreiros.

Juntámos então amigos, pais, filhos, avós, tios, primos, sobrinhos, colegas de trabalho e de escola, vizinhos e conhecidos.

Cedo percebemos que esta ideia simples iria funcionar como projecto-piloto, o sucesso foi enorme e dessa festa surgiu o pedido e a vontade de fazer mais.

Depois de Novembro, e durante a época das chuvas, passámos pelo Parque Natural Sintra-Cascais, pela encosta do Casal Ventoso em Lisboa e regressámos a Monsanto para fechar este ciclo de 4 iniciativas nas quais cerca de 1500 pessoas plantaram à volta de 3000 árvores. Mas mais importante que o número de árvores, foi a participação, a colaboração, a transmissão de valores e exemplos de pais para filhos, foi ver famílias inteiras, grupos de amigos, juntos, por um mundo mais sustentável.


O desafio foi feito às Câmaras Municipais. A escolha do terreno, componente técnica e logística e aquisição das árvores foi feita pela C.M.Lisboa e pela C.M.Cascais através da Agência Cascais Natura e do seu projecto O2. Estes foram parceiros imprescindíveis na implementação de cada uma das iniciativas. Aos cidadãos pediu-se mobilização, participação e uma atitude cívica positiva e ecológica. Esta receita de parceria é simples, fácil de implementar e replicar.

Há uns escassos meses atrás plantar 1000 árvores parecia-nos um sonho com poucas probabilidades de implementação. Hoje o nosso objectivo, para que seja compatível com o do momento em que começámos esta aventura, só poderia ser ambicioso...


Não conseguimos este ano dar a escala que pretendíamos ao nosso projecto, principalmente por uma dificuldade grande em conciliar a vida profissional e pessoal com um projecto desta envergadura.

No entanto não deixamos morrer este sonho, pensamos que criámos as bases para 2011, Ano Internacional das Florestas. Acreditamos que juntos, com a ajuda de todos os que acarinham este projecto, vamos atingir uma escala nacional no próximo ano.


Apesar disso, este ano vamos realizar plantações que superam os totais do ano passado, vamos concentrar esforços em iniciativas com os nossos parceiros habituais, Lisboa e Cascais, que nos deram a mão desde a primeira hora e cujo apoio incondicional agradecemos.

Vamos plantar cerca de 4000 árvores!

Contamos consigo!

Hortas Urbanas


Está em obra aquele que será o maior Parque Hortícola em meio urbano do país, com uma área de cerca de 15 hectares no Vale de Chelas.

A criação de parques hortícolas é de extrema importância em termos sociais, económicos e ambientais. Espaços com estes características, áreas de produção e lazer, sobretudo em zonas economicamente desfavorecidas, promovem a interacção social e a consciência comunitária entre os residentes e ao mesmo tempo proporcionar a introdução de frescos na alimentação destas populações, bem como a possibilidade de um incremento do baixo rendimento familiar pela venda localizada de alguns produtos. A nível económico, para a autarquia permite reduzir substancialmente os custos de manutenção, e assegura a permeabilidade dos solos em áreas importantes para a estrutura ecológica municipal.


O Projecto de Execução do Parque Hortícola do Vale de Chelas, nasceu da necessidade urgente de dotar o vale das condições necessárias à prática de agricultura urbana, actividade já há muito desenvolvida de forma desordenada nesta área, situada a montante da Bacia hidrográfica do Vale Central de Chelas e inserida na Estrutura Ecológica Municipal.

Este projecto incide numa área de cerca 15 hectares, dos quais 6,5 são considerados para uso hortícola, prevendo-se, inicialmente, a instalação de cerca de 400 talhões com áreas de 150m2 cada.

O Projecto será executado por fases, prevendo-se a conclusão da primeira fase no início do segundo semestre de 2011. Esta obra inclui a modelação do terreno, reforço e protecção das encostas, abertura dos caminhos principais e introdução de uma rede de distribuição de água, com bocas de rega.O fornecimento de água adequada à rega dos produtos hortícolas é a acção primordial deste projecto, pois vem acabar com as situações graves de saúde pública pela rega das culturas com águas do saneamento público em épocas de seca.


O segundo aspecto mais importante é a introdução de uma rede de caminhos consolidada, hierarquizada, que permita o acesso e usufruto do novo Parque a todos os habitantes. O projecto procurou respeitar a rede de caminhos sedimentada actualmente pelos hortelãos.


Posteriormente, serão colocadas vedações nas hortas, definidos os caminhos entre as hortas, plantação de plantas e arbustos de bordadura (junto às vedações das hortas), colocação de alfaias / casas de Arrumo para os hortelãos. Por último será instalado um equipamento infantil e um quiosque com esplanada.

Este projecto pretende, também, aproximar a prática agrícola destas unidades à exclusividade da agricultura biológica pela compostagem de resíduos e utilização apenas de produtos biológicos na cultura, estando para isso a serem desenvolvidos procedimentos que permitam fornecer aos agricultores urbanos acções de formação nesse sentido, bem como meios para o executar.

Todo este processo foi devidamente acompanhado pelos hortelãos, através de várias reuniões promovidas pela Câmara Municipal de Lisboa, uma vez que a CML comprometeu-se a atribuir, de forma directa, talhões aos cerca de 100 hortelãos que já ocupavam anteriormente o local. Os restantes talhões serão atribuídos mediante concurso público, que será realizado em 2011.

Enquanto as obras decorrem a CML tem desenvolvido e pretende, ainda, desenvolver várias acções de formação em Horticultura.

Formação em Horticultura

A agricultura urbana em Lisboa veio para ficar. Exemplo disso são os vários Parque Hortícolas nos quais estamos a trabalhar, sendo o mais recente o do Vale de Chelas, em obra neste momento.

Paralelamente à obra estamos a desenvolver várias acções de formação em Horticultura. Amanhã será a terceira sessão, dirigida essencialmente aos hortelãos do Vale de Chelas, embora abertas a todos os interessados, sobre Controlo de Pragas e Doenças. Será a partir das 10h00, no Bairro do Armador, no Espaço Juventude Lx (Edifício “Lápis”).

Antes, foram organizadas duas formações (Oficina Prática de Selecção, Recolha e Conservação de Sementes, e Compostagem e Fertilização), que tiveram óptima adesão.

Estão previstas outras acções, em datas a definir, nomeadamente sobre: Construção e Manutenção de Compostores; Instalação de Sebes de Bordadura; Gestão da Água - Técnicas e Sistemas Simples de Rega; Execução de Viveiros – em Contentores e no Solo.

As formações são gratuitas, não necessitando de inscrição prévia.

Câmara quer legalizar hortas urbanas


A Câmara Municipal de Lisboa quer legalizar todas as hortas da cidade, estando actualmente a reordenar e a criar infra-estruturas em cerca de 40 hectares de hortas espalhadas pela capital, num investimento no valor total de três milhões de euros.

O projecto arrancou no ano passado e há presentemente seis áreas de hortas que a autarquia vai remodelar, criando as infra-estruturas necessárias, como caminhos, abastecimento de água ou iluminação, antes de abrir concurso para a atribuição do espaço a quem o quiser cultivar.

O vereador José Sá Fernandes afirma que os projectos estão em diferentes fases, mas espera que até ao final de 2011 “já se possa ver muita coisa feita”.

Em cima da mesa, para avançar está o “grande parque hortícola de Chelas”, com 14 hectares, um projecto de dois terrenos de hortas e flores em Telheiras, um parque hortícola no Vale do Rio Seco, na Ajuda, outro na Ameixoeira e a remodelação das hortas na Quinta da Granja e no Jardim da Graça.

Paralelamente, revelou o vereador, está a ser finalizado “uma espécie de regulamento” que vai definir em que moldes se fará o acesso às várias hortas.

“Em termos ecológicos e de biodiversidade é uma boa medida. Tem uma componente social importante e em termos de manutenção é uma boa aposta porque depois são as pessoas que mantêm estes terrenos”, explicou Sá Fernandes à Lusa, acrescentando que quando o trabalho estiver todo feito, as hortas “vão ficar ordenadas e bonitas”.

O vereador explicou ainda que os espaços em causa não serão apenas zonas hortícolas, mas também espaços públicos de lazer.
“É essencial haver caminhos, para as pessoas poderem passear dum lado para o outro, água e em alguns casos iluminação. E depois é preciso equipamentos, como as casotas para as alfaias, as vedações. No fundo é dinheiro para reorganização”, adiantou José Sá Fernandes.

No Bairro da Graça, por exemplo, há um terreno que é utilizado há mais de 10 anos como horta comunitária, onde colabora o Grupo de Acção e Intervenção Ambiental. Para muitos idosos, esta é a única forma de terem acesso a legumes frescos em tempos de crise. No entanto, há moradores que preferiam que o espaço fosse transformado em parque de estacionamento, devido à carência de lugares, e a questão tem originado atritos no bairro.

Para o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, este é um projecto que se justifica porque, com a extensão que as cidades começam a ter, surge naturalmente a agricultura urbana.
Na opinião de Ribeiro Telles, o planeamento de uma cidade não pode ser feito “sem pensar”. Paralelamente, “o abastecimento dessa aglomeração de pessoas e esse abastecimento não pode estar dependente de uma política nacional exclusivamente ou até de uma política europeia”, mas tem de estar interrelacionado com o plano da cidade”, sublinhou.

Ribeiro Telles defende mesmo que Lisboa precisa de corredores de sustentabilidade onde haja produção de carne, leite ou hortícolas.

Espaços Verdes de Lisboa


Os espaços verdes englobam todos os espaços urbanos onde existem espécies vegetais. Têm funções ecológicas, lúdicas e recreativas, sendo o seu principal objectivo a preservação da qualidade do ar, o recreio e o lazer. Assim podemos encontrar em Lisboa: jardins, matas, parques, quintas, hortas, tapadas, jardins botânicos e árvores de alinhamento.
As matas e parques (zonas florestais de acesso livre), as tapadas (áreas florestais vedadas que no passado eram normalmente zonas de caça da nobreza), bem como as quintas (antigas zonas agrícolas) são vestígios da ocupação do espaço no passado e que agora estão inseridos na área onde cresceu a cidade. Muitas destas áreas foram aproveitadas ou reconvertidas em viveiros municipais ou para locais de uso público, constituindo um aproveitamento dos espaços seminaturais preexistentes, podendo neles ser observadas muitas espécies da flora natural da região. É o caso da Mata da Madredeus (antiga área florestal de administração municipal que dispõe agora de recinto polidesportivo, parque infantil e zona de estadia), do Parque do Monteiro-Mor, no Lumiar (belo exemplo de jardim botânico particular, muito comum em Lisboa nos séculos XVIII e XIX, que é agora o jardim contíguo aos Museus Nacionais do Traje e do Teatro) e da Tapada das Necessidades (no passado era privativa da Família Real)
Um pouco por toda a cidade podem encontrar-se diversos jardins e parques públicos, que apresentam características diferentes, uma vez que foram áreas criadas propositadamente pelo Homem. Têm normalmente um elevado número de espécies vegetais, muitas delas exóticas. A utilização do termo jardim ou parque urbano depende essencialmente das dimensões do espaço e do número de potenciais utentes. Pelo seu interesse histórico, dimensão e beleza, destacamos o Jardim do Campo Grande, o Jardim do Castelo de S. Jorge, o Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, o Jardim do Torel, o Parque Eduardo VII (onde se encontra a Estufa Fria), o Parque Urbano dos Moinhos de Santana, o Parque Recreativo do Alto da Serafina, os Jardins Garcia da Horta (Parque das Nações), o Jardim da Estrela e o Jardim do Príncipe Real.

Lisboa vai ter mais e melhores hortas urbanas até 2011

Câmara disposta a criar local de venda para os hortelões
Lisboa vai ter mais e melhores hortas urbanas até 2011
25.05.2009 - 09h38 Inês Boaventura

A Câmara Municipal de Lisboa diz que vai avançar, "nos próximos meses", com uma intervenção nos cerca de 15 hectares de hortas do vale de Chelas, com o objectivo de assegurar o fornecimento de água e reordenar o espaço através da criação de caminhos pedonais de acesso. Mas o plano da autarquia é mais ambicioso e inclui, num prazo de dois anos, a criação de hortas em Campolide e Telheiras, e que tentará melhorar os espaços já existentes na Quinta da Granja, Vale Fundão e Bairro Padre Cruz.

A Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas promoveu recentemente um encontro nas hortas da zona de Chelas, onde os visitantes se depararam, "num vale cortado por dois edifícios escandalosos - um hipermercado e uma escola - que cortam a circulação de água" pelos terrenos, com "um interessante mosaico de culturas, conjugando uma produção de espécies hortícolas com algumas plantas ornamentais".

A descrição foi feita pela presidente daquela associação, Margarida Cancela d'Abreu, dizendo ao PÚBLICO que aquelas hortas são mantidas por residentes dos prédios vizinhos, "na maioria reformados", que cultivam produtos agrícolas para autoconsumo, mas também como forma de "entretém".

Um dos principais problemas sentidos é o do acesso à água, recorrendo os hortelões ao expediente de a armazenar em "depósitos extraordinários" como "arcas frigoríficas e barricas", tidos como a única forma de aproveitar a água da chuva, como constatou no local Margarida Cancela d'Abreu.

A Câmara Municipal de Lisboa conhece esta realidade e, segundo o vereador do Ambiente, Espaços Verdes e Plano Verde, vai resolver o problema "nos próximos meses", criando além disso caminhos pedonais. No futuro, a ideia de José Sá Fernandes é que as hortas de Chelas venham a acolher, numa ponte a unir os dois lados do vale, um mercado onde quem cultiva a terra possa vender a sua produção.

Prática comum

Esta é, aliás, uma prática comum em vários locais do globo (como Chicago ou Londres), mas pouco vista num país que, lamenta o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, "ignora pura e simplesmente as hortas" e a sua importância para as comunidades. A colega de profissão Margarida Cancela d'Abreu conta que uma das excepções ocorre em Évora, onde aos sábados e domingos há bancadas de madeira à porta do mercado para os "quintaneiros" que cultivam hortas à volta da cidade e que ali comercializam os seus produtos, por sinal muito procurados.

Os projectos da Câmara de Lisboa, que o vereador Sá Fernandes acredita que poderão estar concluídos nos próximos dois anos, incluem também a criação de um parque urbano que integrará as hortas já existentes na Quinta da Granja de Baixo, em Benfica. Em Campolide, a ideia é criar hortas que serão atribuídas por concurso a moradores da zona, surgindo também áreas para produção hortícola em Telheiras, num terreno ainda a negociar com a EPUL.

Escola de Lisboa tem terreno cultivado por centenas de mãos

Na Escola 34, na Alta de Lisboa, ao Lumiar, onde estudam 330 crianças com idades entre os três e os 14 anos, houve em tempos um matagal que deu lugar a uma horta, que rapidamente se transformou na menina-dos-olhos dos professores, auxiliares e alunos. Num terreno lavrado e cultivado por muitas mãos, na Alta de Lisboa, crescem couves, favas, feijões, ervilhas, batatas, cebolas, cenouras, pepinos, pimentos e outras espécies hortícolas.

No ano lectivo passado, as abóboras transformaram-se num doce que foi comido com tostas por todos os alunos, junto de quem se tenta, através do projecto da horta, promover uma alimentação mais saudável.

É por isso que para este ano lectivo estão reservadas para a festa do dia das bruxas. Os pais contribuíram para a plantação com sementes e plantas, e são também eles os principais clientes compradores dos produtos que os alunos vendem à porta da escola sempre que há colheitas.

Também naquele bairro da Alta de Lisboa poderá nascer nos próximos tempos uma outra horta, esta comunitária, sonhada pelo morador e arquitecto paisagista Jorge Cancela, que tem vindo a recrutar futuros hortelões. O mentor da ideia adianta já que conseguiu convencer "mais de 40" e precisa que vai tentando tentar reunir o maior número de apoios para o projecto, incluindo o necessário terreno.

Uma das ambições desta horta comunitária é aproximar os moradores realojados naquela zona da cidade dos que lá compraram casa, contribuindo para uma maior harmonia entre este "mix social" e para o aumento do sentimento de pertença dos próprios ao todo da comunidade. A produção, explica o arquitecto paisagista Jorge Cancela, será biológica e a zona a cultivar terá que ter "um acesso relativamente fácil, seja de automóvel, seja pedonal", além de fornecimento de água e uma vedação.

O projecto e a eventual cedência de um terreno por parte da Câmara Municipal de Lisboa já estão a ser analisados pelos serviços da autarquia, garante aquele arquitecto paisagista.

No mesmo sentido, e segundo a Câmara Municipal de Lisboa, que aponta os exemplos das hortas no Vale Fundão e no Bairro Padre Cruz, o desafio da autarquia é intervir nas hortas comunitárias já existentes, algumas das quais em espaços privados e que não têm fornecimento de água ou acessos em condições, garantindo que nenhum dos hortelões deixa de ter um espaço de cultivo.

"É a primeira vez que a câmara aposta mesmo nas hortas", garante Sá Fernandes, acrescentando que "antigamente" a prática era simplesmente "fechar os olhos" e ir permitindo a sua existência.