O uso de computadores em rede, tal como a internet, requer que cada máquina possua um identificador que a diferencie das demais. É necessário que cada computador tenha um endereço, alguma forma de ser encontrado. O IP (Internet Protocol) é uma tecnologia que permite a comunicação padronizada entre computadores, mesmo que estes sejam de plataformas diferentes, identificando-os de forma única em uma rede. A comunicação entre computadores é feita através do uso de padrões, ou seja, uma espécie de "idioma" que permite que todas as máquinas se entendam. Em outras palavras, é necessário fazer uso de um protocolo que indique como os computadores devem se comunicar. No caso do IP, o protocolo aplicado é o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Existem outros, mas o TCP/IP é o mais conhecido, além de ser o protocolo usado na internet. O uso do protocolo TCP/IP não é completo se um endereço IP não for utilizado. Se, por exemplo, dados são enviados de um computador para o meu, o outro computador precisa saber meu IP assim como o meu precisa saber o endereço IP do emissor, caso a comunicação exija uma resposta. Sem o endereço IP, os computadores não conseguem ser localizados em uma rede. |
O endereço IP (ou somente IP) é uma seqüência de números composta de 32 bits. Esse valor consiste num conjunto de quatro grupos de 8 bits. Cada conjunto é separado por um ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por, no máximo 3 caracteres, sendo que cada um pode ir de 0 a 255. Os dois primeiros octetos de um endereço IP geralmente são usados para identificar a rede, mas isso não é regra fixa, como será visto mais adiante. Em lugares com várias redes, pode-se ter, por exemplo, 172.31 para uma rede e 172.32 para outra. Já os últimos 2 octetos, são usados na identificação de computadores dentro da rede. Por exemplo, em uma rede com 400 computadores, pode-se usar as faixas de 172.31.100.1 a 172.31.100.255 e 172.31.101.0 a 172.31.101.255. Novamente, esta não é uma regra fixa. Como os endereços IP usados em redes locais são semelhantes aos IPs da internet, usa-se um padrão conhecido como IANA (Internet Assigned Numbers Authority) para a distribuição de endereços nestas redes. Assim, determinadas faixas de IP são usadas para redes locais, enquanto que outras são usadas na internet. Como uma rede local em um prédio não se comunica a uma rede local em outro lugar (a não ser que ambas sejam interconectadas) não há problemas de um mesmo endereço IP ser utilizado nas duas redes. Já na internet, isso não pode acontecer. Nela, cada computador precisa de um IP exclusivo. O padrão IANA divide a utilização de IPs para redes locais em, basicamente, 3 classes. Esse divisão foi feita de forma a evitar ao máximo o desperdício de IP que podem ser utilizados em uma rede: Classe A: 10.0.0.0 a 10.255.255.255 - Permite até 16 milhões de computadores em cada rede (máximo de 1 rede); Classe B: 172.16.0.0 a 172.31.255.255 - Permite até 65.534 computadores em uma rede (máximo de 21 redes);
Os IPs são divididos em três classes (na verdade, existem mais) para atender as seguintes necessidades: - os endereços IP da classe A são usados em locais onde é necessário uma rede apenas, mas uma grande quantidade de máquinas nela. Para isso, o primeiro byte é usado como identificador da rede e os demais servem como identificador dos computadores; os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quantidade de computadores. Para isso, usa-se os dois primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os restantes para identificar os computadores; |
IPv6 é a sigla para Internet Protocol version 6. Também conhecido como Ipng (Internet Protocol Next Generation), trata-se da evolução do IPv4, a versão em uso atualmente. O IPv6 é fruto da necessidade de mudanças na iInternet. |
IP estático (ou fixo) é um número IP dado permanentemente a um computador, ou seja, seu IP não muda, exceto se tal ação for feita manualmente. Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL, onde alguns provedores atribuem um IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo IP. Essa prática é cada vez mais rara entre os provedores de acesso, por uma série de fatores, que inclui problemas de segurança. O IP dinâmico, por sua vez, é um número que é dado a um computador quando este se conecta à rede, mas que muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você conectou seu computador à internet hoje. Quando você conectá-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa tem 80 computadores ligados em rede. Usando IPs dinâmicos, a empresa disponibilizou 90 endereços IP para tais máquinas. Como nenhum IP é fixo, quando um computador "entra" na rede, lhe é atribuído um IP destes 90 que não esteja sendo usado por nenhum outro computador. É mais ou menos assim que os provedores de internet trabalham. Toda vez que você se conecta à internet, seu provedor dá ao seu computador um IP dela que esteja livre. O método mais usado para a distribuição de IPs dinâmicos é a protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol). Mais informações: Wikipedia |